quarta-feira, 28 de julho de 2010

Altar 08 Padma Zangtol e Padma Tangtong.


Altares Hindu-budista ou Budista-hindu de dois amigos que moram em Florianópolis, uma coisa meio que Nepalesa sabe num se sbe onde começa o hinduismo e acaba o budismo.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Srimati Radharani chegou em minha casa.


Srimati Radharani resolveu se manifestar eacabar com anos de solidão do Krishna no altar de casa, Ela é linda veio do Sul da India da cidade de Swamimalai em Tamil Nadu segura um botão de lótus na mão direita e a esquerda pende sensualmente ao lado do corpo.
Todas as glórias a Srimati Radharani a amada de Sri Krishna e rainha de Vraja.




Altar 07 Nalini Sita e Karuna Caitanya de Santos







sexta-feira, 16 de julho de 2010

Foto do dia. Ratra Yatra em Puri.

Isso mesmo a é cara da Índia, multidão festeja o Ratra Yatra ou Festival de Carros na sagrada cidade de Puri em Orissa, milhares de pessoas vão ver saida anual de Jagannatha com Seus irmãos de Seu templo para um "descanço" no templo de Gundicha, a nossa religião continua viva como sempre foi e será, pois ela é eterna, Sanathana Dharma.

Complemento da postagem anterior.


Em complemento ao post anterior consegui esta foto dos chitrakars fazendo os anavasaras deste ano (2010) para o Ratra Yatra em Puri, na Imagem a pintura de Subadra esta em progresso e ao fundo Baladeva, estas pinturas ficaram no templo de Puri pelo período em que as deidades estiverem doentes.
Ha o Ratra Yatra de Puri foi estes dias e ainda não acabaram as festividades que duram dez dias , amanha é o festival de Hera Panchami onde Sri Lakshmi Devi vai buscar o maridão (Sri Jagannatha) no templo de Gundicha.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Patachitras de Orissa.


O patachitra ou a arte de pintura ritual tradicional de Orissa surgiu na cidade de Puri devido ao festival de carros ou Ratra Yatra do Senhor Jagannatha, suas origens são muito antigas e existem exemplos de pinturas datadas do século 8 da era cristã.

Seu surgimento como parte do ritual é devido a sua utilização no templo de Puri, uma vez ao ano depois do Snana Yatra ou o banho das deidades de Jagannatha, Baladeva e Subhadra as deidades ficam doentes e são levadas par uma sala isoladas do contato com o público, neste período imagens representando as deidades são pintadas (chitra) sobre tecidos (patra) e colocadas no altar substituindo as deidades, neste período é feito a reparação da pintura das deidades originais, pois elas são cobertas por camadas de tecido e pintadas com corantes naturais que saem em parte por ocasião do banho.

Estas pinturas que substituem as deidades são chamadas anavaras (acima)ou período de doença e são adorados com os mesmos rituais oferecidos às deidades e a cada ano são feitas novas pinturas sendo as anteriores disputadas entre devotos para serem adoradas em suas casas, isso ocorre em todos os templos de Jagannatha em Orissa.

Estas pinturas devocionais são feitas por um grupo de artistas chamados chitrakas que vivem em Puri ou nas vilas ao redor. Além das anavasaras os chitrakars pintam inúmeras deidades diferentes e cenas tiradas das narrações puranicas onde a vida de Krishna com Radharani e as gopis (pastoras) tem preferência na representação também pintam murais em templos e monastérios.

Os chitrakars recebem seus ensinamentos das gerações precedentes e a cada família de pintores possuem um livro onde as proporções, estilos e descrições de todas as deidades representadas são presenvadas a inúmeras gerações este livro é a posse mais sagrada de um chiotrakar e é adorada junto aos deuses no altar da família.

O processo para a produção é demorado começando pela preparação do tecido de algodão ou seda que é coberto com uma camada feita com sementes de tamarindo e pó de argila aplicada em duas ou três camadas, depois o tecido é polido usando conchas manualmente num processo demorado que após secar completamente pode receber a pintura.

A pintura também segue um processo especifico primeiro são feitas as bordas decoradas e um rascunho e pintado de branco representando a cena ou deidade após este o fundo e pintado com uma única e sólida cor antão as cores diversas são aplicadas e depois e feito o acabamento e os detalhes e tudo é coberto com uma camada de laca protetora o processo leva de uma semana para as mais simples até a um mês para as maiores.

As tintas são todas naturais retiradas de plantas e minerais como o amarelo de mangas, o preto de lamparinas, branco de conchas, azul de índigo, etc. Os pinceos são feitos com pelo de búfalo ou vaca para os maiores e mangusto ou outro roedor para os menores, estes animais não são mortos para obtenção dos pelos.

Outra forma tradicional usada pelos chitrakars é a pintura de manuscritos em folha de palmeira (como eram feitos todos os livros da Índia antiga) usando uma ponta metálica que faz um sulco na folha que depois e preenchido com fuligem negra de uma lamparina.

Apesar de antigas os patachitras são formas vivas de uma arte que hoje é reconhecida internacionalmente e adquiridas por colecionadores em todo o mundo.


Pinturas em templos.

Gopis tentam impedirs ida de Krishna à Mathura.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Agastya
















Além dos “deuses” propriamente ditos existe uma gama de personagens muito importante na religião dos Vedas, sendo que alguns dos deuses são filhos destas personagens, eles são os Rishis ou sábios os mais importantes são os Sete Sábios ou Saptarshi dentre estes vou escrever algo sobre Agastya.


Agastya significa literalmente aquele que move as montanhas, ele é um dos principais Rishis particularmente no sul da Índia e em locais onde a tradição sulista se estendeu como na Indonésia, por exemplo, é dito que ele introduziu a tradição védica nestes locais e é dito que até hoje ele reside na montanha de Agastya Malai em Tamil Nadu, o sábio nasceu junto com Vashista ou Rishi de um pote onde Mitra (um dos Adityas) e Varuna (deus das águas, ver post sobre ele) depositaram seu sêmen ao verem a apsara Urvashi.


















Agastya foi o autor de muitos dos hinos do Rg Veda pois ele foi o primeiro a ser inspirado pelo Supremo, além de ter escrito o Agastya Samhita e o Lalita Sahasranama (os mil nomes de Lalita epíteto de Parvati), seu nome deriva de um passatempo descrito nos puranas onde ele obrig as montanhas de Vindhya na Índia a se prostar perante ele no seu caminho para o sul da península, lá chegando Agastya foi educado e tem como guru o próprio Senhor Shiva, em outra historia o sábio ajudava os deuses contra os demônios e estes se esconderam nas águas do oceado e de pronto o sábio bebeu toda a água para ajudar os devas e recebeu o nome de Samundrachuluka ou “o que bebe o oceano”, o sábio também aparece no Ramayana como amigo, conselheiro e protetor de Sri Ramachandra após este telo visitado em seu exílio com Seu Irmão Lakshmana e Sua amada Sita Devi.


Na astrologia védica ele se manifesta com a estrela Canopus que aparece junto às águas do Oceano Índico ao sul.


Ele é casado com Lopamundra uma mulher santa e grande filosofa filha do rei Vidarbha, que vive em grande felicidade com seus esposo e lhe deu dois filhos Bringi e Achutan.


Abaixo imagens de Agastya e das montanhas de Agastya Malai em Tamil Nadu.




Pensamento védico.
























Crianças se entregam ao risos e brincadeiras,
jovens se entregam ao amor,
velhos se entregam às preocupações,
mas a Deus ninguém quer se entregar.

Adi Sankara 780-820 D.C.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Foto do dia. Dança e cores.


Não adianta, a religião dos Vedas é uma religiãõ de festa, feliz e colorida que quer seja na Índia, Indonesia ou nos Estados Unidos como na foto e sempre marcada por danças, ritos e acima de tudo cores. Na foto devota americana em Ratra Yatra da ISKCON de Alachua na Florida.

Indra.
















Para qualquer um que leia os sagrados Vedas originais o que notará de imediato é como o mais citados dos devas é de longe Indra, portanto falarei um pouco do que sei sobre ele.

O senhor Indra, também conhecido como Shakra é o rei dos devas, deidade da chuva do raio, da guerra e administrador dos céus, o nome de Indra é encontrado da cultura pagã da Lituânia passando pela cultura mithani da antiga Síria a cerca de 1500 antes da Era Cristã. Hoje Indra ainda e conhecido tanto entre as comunidades hindus quanto nas budistas onde é encontrado até no Japão conhecido pelo nome de Taishakuten, no Rig Veda 2.17.7 Indra é citado da seguinte forma:

Ele que possui supremo controle sobre os cavalos, todas as quadrigas, as vilas, e o gado.


Ele que deu a forma ao Sol da Manha, que conduz as águas, Ele, ó homens, é Indra.


Indra junto com Varuna e Mitra entre outros formam o grupo de deidades conhecidos como Adityas ou filhos de Aditi, grande apreciador da bebida sagrada o Soma salvou o mundo de Vrita e libertou as águas, alem de defender o universo de diversos outros demônios, o que lhe valeu o titulo de senhor dos homens ou Manavendra, nos Vedas ele é descrito como tendo a pele dourada e os cabelos amarelos (loiro) geralmente com quatro braços onde entre suas principais armas constam o ankusha ou grilhão de controlar elefantes e o vajra ou raio assim como o Zeus grego e o Júpiter latino e o arco-íris é chamado de Indradhanush ou arco de Indra, e tem como carregador o poderoso elefante branco Airavata que nasceu na batedura do oceano por deuses e demônios, outra característica única de Indra e que às vezes aparece com o corpo coberto de olhos devido a uma maldição que recebeu de Gautama Muni.

Sua esposa se chama Indrani uma das saptamatrikas, também é irmão de Surya o deus do sol e é pai, entre outros tantos, de Arjuna o grande arqueiro do Mahabharata e querido devoto e amigo de Sri Krishna, o próprio Krishna quando descreve Suas glorias para Arjuna no Bhagavad Gita cita:

“Dos Vedas sou o Sama Veda, dos devas sou Indra, rei dos céus, dos sentidos sou a mente, e dos seres vivos Eu sou a consciência” BG 10.22.

Indra vive com sua corte em seu palácio em Svargaloka em um dos mais elevados planetas celestiais cercado de apsaras e ghandarvas que cantam e dançam para o seu prazer, entre os feitos mais conhecidos de Indra esta a destruição do demônio Vrta que havia roubado as águas do universo, Indra após beber sua bebida favorita o soma e embriagar-se matou o demônio e libertou as águas de volta ao mundo, mas por Vrta ser um brahmane Indra foi perseguido pelo pecado de ter morto um brahmana e este para livrar-se do feito dividiu sua carga entre os seres vivos entre eles as mulheres.

Além de ser um conhecido consumidor de soma, a bebida sagrada e inebriante tão honrada nos Vedas, Indra é conhecido por arrumar confusão junto aos devas também, inclusive com Krishna por mais de uma vez, na infância onde Krishna convence seu pai Nanda Maharaja e os vaqueiros a não adorarem mais Indra e sim a colina de Govardhana (que é o próprio Krishna) o que faz com que Indra mande uma chuva devastadora contra os pastores aos quais Krishna protege erguendo a colina como um grande quarda-chuva por sete dias protegendo assim Seus devotos queridos e fazendo com que Indra reconhecesse que Ele era na verdade o Senhor do Universo, na idade adulta Krishna volta a digladiar se com Indra desta vez Krishna a pedido de uma de suas esposas trouxe uma arvore da sagrada flor parijata do jardim de Indra para Dwaraka Sua capital , Indra tentou impedir Krishna esquecendo quem ele era e Krishna o derrota novamente e leva a arvore para Sua esposa Satyabhama. Outra historia famosa e sobre como Indra foi amaldiçoado pelo sábio Gautama, uma vez desejando a mulher do sábio, a bela Ahalya, Indra se disfarçou na forma do sábio e desta forma fez sexo com a esposa do sábio, que amaldiçoou o deus com vários órgãos genitais femininos pelo corpo já que ele gostava tanto, Indra ficou desesperado e após pleitear junto a Brahma este convence o sábio a ser mais brando e Indra então fica com o corpo coberto de olhos para que preste bem atenção no que faz.

Existem várias outras historias sobre Indra e das diversas vezes que este apronta para com outros devas com seu próprio guru o que o levou a perder varias vezes o seu trono que geralmente é estabelecido por Vishnu para manter a ordem do Universo, pois não podemos esquecer que Indra é um posto entre os devas pois a cada dia de Brahma (4.320.000.000 anos terrestres) um Indra é entronado.

Indra no Japão e em Bali