sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mahasivaratri 23/02/2009


Esta segunda feira o mundo hindu vai parar!!!
È a noite de Shiva ou o Mahasivaratri, a noite mais querida por Shiva e onde se comemora a festa desta tão enorme personalidade!!!!
Sempre no Krishna Paksha (lua nova) no mês de Phalguna do calendário védico.
Nos locais onde o hinduismo é forte é um grande festival onde as pessoas passam a noite entre dança, música, pujas elaborados, abishekas (banhos), e jejum com muita alegria celebrando Shiva o Grande-Deus (Mahadeva)
Muito bhang (cannabis sattiva) será oferecido a Shiva na maioria dos templos principalmente no Nepal.
Durante toda a noite a Linga (símbolo, deidade de Shiva) e banhada com água do Ganga, leite, e outras substancias auspiciosas, e oferecidas folhas de Bilva planta sagrada para Shiva, principalmente no Shivamuhurta (meia noite) a “hora” de Shiva.
Os nomes de Shiva são cantados e também hinos em Seu louvor como o Shiva Tandavam Stotram.
Nas cidades e nos templos dedicados a multidão se aglomera tentando banhar a Linga, pois nesta noite Ele concede todos os desejos,então aproveitem.

Om namah Shivaya










quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Somanath e Prabhas Patan

Somanatha Jyothirlinga


Todos sabem onde Sri Krishna nasceu, mas a maioria não sabe de onde Ele partiu deste planeta, pois bem foi de um lugar sagrado chamado de Somanath na beira do mar ada Arábia ao sul de Dwaraka.
Somanath é um local muito sagrado, ali existe um dos mais antigos templos de Shiva conhecidos que abriga uma das 12 Jyothilingas (Lingas de Luz), este templo é descrito no Rig Veda.
O templo original foi construído por Chandra o deus da Lua , que foi amaldiçoado por Daksha (seu sogro) pela arrogância que sentia devido a sua beleza e demostrava parcialidade para sua esposa Rohini que era filha de Daksha, para se livrar da maldição Chandra ou Soma construiu o templo para Shiva em ouro.
O templo já foi destruído e reconstruído diversas vezes, por Soma em ouro, por Ravana em prata, por Krishna em madeira de sândalo e por Bhimadeva (rei da dinastia Solanki) em pedra, e o presente templo data de 1950.
O templo foi destruído quatro vezes pelos muçulmanos que sempre vieram interessados nas fortunas guardadas no templo e pelo que o templo representa para os hindus, um rei muçulmano se gabou que a fortuna e as deidades de ouro do templo renderam milhões e milhões e nunca se havia visto tanta riqueza em um local só.
Na época áurea do templo ele tinha 500 músicos e 500dançarinas por ai já se estima a riqueza do templo.
Próximo esta um local muito sagrado chamado Prabhas Patan onde Sri Krishna, após o destruição de Sua dinastia e descendentes,deixou este mundo. N
Neste local um templo marca onde Krishna deu as ultimas instruções para Uddhava e onde o caçador Jara acertou o Seu calcanhar com uma flecha, no templo existe uma arvore que se diz que é a mesma sob qual Krishna estava sentado quando foi atingido pela flecha. Depois de ser atingido Sri Krishna caminhou por quatro quilometros até onde hoje é o Gita Mandir (que tem todos os versos do Bhagavad Gita nas suas colunas) na confluência de três rios (Triveni Thirta) onde Sri Krishna finalmente deixou este mundo, no local existe um pequeno monumento e as marcas dos pés de lótus de Sri Krisna, próximo esta o local onde Sri Balarama também deixou este mundo.


deidade de Krishna e Jara







árvore sob a qual Krishna foi atingido por Jara













Local que marca o ponto de onde Krishna deixou este mundo.

PLEASEEEEEEEEEEEEEEEEEE

DEIXEM ALGUM RECADO, COMENTARIO, SINAL DE FUMAÇA, ME XINGUEM MAS FALEM ALGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

PEÇAM ALGUMA COISA

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Bhutas e amiguinhos

Bhutakola em Karnathaka




Fantasmas na cultura védica são pessoas que morreram de uma morte não natural de forma violenta quer por suicídio, acidente ou assasinato ou não teve um ritual fúnebre apropriado e ainda continuam com desejos e apegos e não são levadas a Yamapuri ou a cidade de Yamaraja o deus da morte, estes espíritos são classificados em três classes:
Bhutas - que morreram violentamente e não tiveram funeral.
Preeta - que significa literalmente “morto”, são espíritos de pessoas anteriormente aos rituais fúnebres e de pessoas deformadas ou ainda de tiveram partes do corpo destruídas, além de crianças que morrem prematuras e não tiveram os rituais (sanskaras) feitos antes de seu nascimento, os preetas não são necessariamente malignos só pedem ajuda.
Pishacha - são fantasmas demoníacos de pessoas de vida viciosa ou ruins como alcoólatras, criminosos e pessoas que ficam insanas, alguns podem se tornar bons e tentar ajudar os vivos mais geralmente tornam-se maléficos.
Todas as classes acima preferem locais de energia constante para viverem casas antigas, escolas, hospitais, cemitérios, e figueiras são os locai preferidos para viverem.
Acredita-se que uma pessoa seja perseguida ou possuída por um destes espíritos deve procurar ajuda profissional, pois eles podem trazer doenças, alteração de humor, infelicidade, depressão ou até a morte. Os fantasmas podem penetrar por qualquer um dos nove orifícios do corpo.
Nesse caso um exorcista deve fazer rituais para livrara a pessoa do espírito, se for possível deve tentar descobrir quem é e o que deseja, é muito comum serem pessoas da família da vitima que não tiveram funerais dignos, e geralmente por realizar este ritos a pessoa se livra dos fantasmas, também é indicado a pessoa fazer peregrinações em locais sagrados.
È pratica comum entre os hindus o uso de talismãs e o cantar de certos mantras chamados kavachas (escudos) como proteção contra estes seres.
Alguns bhutas são adorados por certas comunidades como os que aparecem nas fotos no sul da Índia principalmente em Karnathaka e Kerala, este culto se chama Bhutakola.
As deidades mais indicadas para tratarem dos Bhutas são Shiva (Bhuteswara Senhor dos Bhutas), Devi e Hanuman.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Agni Deva






















Agni é o Deus do fogo na cultura védica, que como em qualquer outra religião, tem um papel fundamental, pois sem o fogo não existe vida.
Grande parte dos hinos nos Vedas são destinados à Agni, pois Ele rege sobre os sacrifícios e é o intermediário entre os seres humanos e os Devas para quem leva as oferendas depositadas no fogo.
O culto a Agni ainda é fundamental na cultura védica nos agni-hotras (cerimônias onde se acende o fogo sagrado) usados e oferendas a outras divindades e em ritos de passagem, além do fogo ser a principal oferenda no rito de Arati, onde o fogo é oferecido à imagem ou símbolo de uma deidade especifica representando nosso coração e consciência. Apesar de ser imortal vive entre os mortais em cada casa como o fogo e tradicionalmente em todas as casas das três varnas superiores (brahmanas, kshatrias, vaishyas) espera-se que mantenha aceso um fogo sagrado que nunca pode ser apagado (como o fogo sacrificial nas casas romanas e gregas antigas) pratica ainda mantida nas famílias tradicionais.
Agni também controla o quadrante Sudoeste do espaço.
Sua forma de deidades é rara em templos mas, quando aparece ele tem de dois a sete braços , algumas vezes com uma ou duas cabeças e três pernas como na descrição encontrada no Bhagavata Purana citada abaixo:

namo dvi-śīrsne tri-pade
catuh-śrńgāya tantave
sapta-hastāya yajñāya
trayī-vidyātmane namah

“Eu ofereço minhas humildes reverencias a Vós, a suprema Personalidade de Deus, que tem duas cabeças [prāyanīya e udāyanīya], três pernas [savana-traya], quatro chfres [os quatro Vedas] sete mãos [os sete chandas, como o Gāyatrī]. Eu ofereço minhas reverencias a Ti, Cujo coração e alma são os três rituais Vedicos [karma-kānda, jñāna-kānda e upāsanā-kānda] e que espandes estes rituais na forma do sacrifício. SB 8.16.31”
Fogo eterno em residência brahmana

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Murugan முருகன்

Murugan Valli Devasena


Templo Tiruchendur




Murugan Batu caves







Batu Caves




Murugan ou Skanda ou Karttikeya ou Subramaniam, é o deus da guerra e filho de Shiva, apesar de conhecido por todos hindus tem seu culto mais forte no Sul da Índia, principalmente entre os tamis (povo de lingua tamil de Tamil Nadu, Sri Lanka, Mauricios e Sudeste Asiático).
Irmão mais jovem de Ganesha é sempre jovem e monta o pavão. Tem como arma principal e símbolo um Vel ou lança.
A história do seu nascimento é interessante, após a morte de Sati ,Shiva foi para Kailasha meditar e ficou imóvel (Sthanu um dos nome s de Shiva) por muitos anos, neste período Sati renasceu como filha do deus dos Himalayas Himavan, e por isso foi chamada de Parvati ou filha da montanha.
Nesta época apareceu um demônio chamado Taraka que só poderia ser morto por um filho de Shiva, mas Shiva não queria saber de nada nem ninguém e Parvati tentava de toda forma chamar Sua atenção. Então os deva decidiram pedir a ajuda de Kamadeva (o deus do “amor”) e este atirou uma flecha em Shiva que estava sentado em meditação para que Shiva se apaixonasse por Parvati, mas quando a flecha atingiu seu alvo Shiva apenas abriu seu terceiro olho e reduziu Kamadeva a cinzas.
Após muita devoção e penitencias Parvati conseguiu atrair a atenção de Shiva. E o divino casal começou o jogo de amor de durou muitos anos e os devas diziam:”Se não quebrarmos a concentração de Shiva ele nunca soltará sua semente para que nasça um filho”, assim Indra tomou a forma de um pombo e voou entre o casal quebrando a concentração do grande Deus e fazendo com que Shiva soltasse sua semente que era toa quente que nem Agni, o deus do fogo, conseguia carregar.
Ganga (a Deusa do Ganges) então pegou o sêmen de Shiva em suas águas e o levou até o foz do Ganges e o dividiu por seis canais de onde surgiram seis crianças que foram retiradas da água e alimentadas pelas Krittika( as estrelas Pleiades) de onde vem o nome Karttikeya que depois foram unidas por Parvati em uma criança de seis cabeças.
Murugan cresceu e se tornou o general dos devas que com seus exércitos conseguiram a vitória sobre o demônio Taraka e seus exércitos, os lugares onde Murugan conseguiu batalhas votoriosas foram: Tiruttanikai, Swamimalai, Tiruvavinankudi (Palani), Pazhamudirsolai, Tirupparamkunram and Tiruchendur.E ate hoje estes locais são chamados Arupadai Veedu ou campos de batalha do senhor.
Murugan tem duas esposas Valli filha de um chefe tribal e tribal e Devasena filha de Indra, o principal festival festejado em seu nome é o Thaipusam que comemora o dia em que ele ganhou o Vel de sua mãe Parvati e venceu os demônios, os devotops de Murugan costumam fazer penitencia e perfuram seu corpo neste dia levados por ondas de êxtase, não sentem dor nem tem sangramentos!!!.
Krishna cita no Gita (cap. 10 verso 24) que “entre os generais sou Skanda , o senhor da guerra”.
A maioria dos templos dedicados a ele na Índia esta no sul, e em Sri lanka ele e adorado tanto por hindus quanto budistas principalmente no templo de Kataragama, outro local muito importante do culto de Murugan e o templo de Batu Caves na Malasya onde existe a maior murthi (imagem) de murugan com 42,7m e onde o festival the Thaipusam atrai mais de 300,000 pessoas!!!.

dur

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Guruvayur

Sri Guruvayurappan



Dançarino Krishnathan










danças sagradas
O Alambalam onde está a deidade.














Procissão diaria

















pinturas murais



Guruvayur também e conhecida como a Dwaraka do sul por causa do famoso templo de Krishna ou Guruvayur Krishna Koil, que é o mais importante templo Krishna em Kerala e um dos mais importantes e ricos templos do sul da Índia. Neste templo Sri Krishna é chamado de Guruvayurappan que significa Senhor de Guru (Brihaspati o guru dos devas) e Vayu (deidade do ar), é dito que esta deidade tem o poder de perdoar todos os pecados e dar liberação a todos os devotos.
De acordo com a história a deidade tem mais de 5000 anos e é feita de uma pedra rara chamada patala anjanam, tem quatro braços e carrega concha, disco, maça e lótus e é decorado com jóias valiosas, pérolas e colares de folhas de tulasi.
O templo abre das três da manha as dez da noite, e após a deidade ir dormir todas as noites são feitas apresentações de danças clássicas como bharatanatyam e kathakali e uma dança que é exclusiva deste templo, o krishnanattam que narra a vida de Krishna e histórias tiradas do Geeta Govinda de Jayadeva Goswami e do Bhagavata Purana.
Outra pratica comum neste templo é uma oferenda chamada Tulambharam onde o devoto sobe em uma balança e doa o valor de seu peso em algo para a deidade como bananas, cocos, ouro, prata , grãos , ghee., etc. só nestas doações o templo recebe uma média de US$ 600.000,00 por ano!!!
O templo e cuidado por um dos grupos mais tradicionais de brahmanas da Índia os Namboodiris, que durante seu período de adoração residem dentro do templo e não saem para não se contaminarem. Como é um templo extremamente tradicional não é permitida a entrada de não hindus (hindus convertidos podem entrar) e é obrigatória o uso de roupas tradicionais, homen só de dothi (não podem cobrir o peito perante a deidade) e mulheres de sari.
A arquitetua do templo é muito diferente da do resto da Índia, pos seque o padrão do estado de Kerala, com muito uso de madeira e telhados de cobre e telhas de barro cozido.Se comparado a outros grandes templo do sul não é muito grande, é voltado para o leste e a porta principal se chama Bhuloka Vaikuntha (o céu na terra), após a entrada existe o Dhwajastambam (o pilar da bandeira) de 33,5 metros folhado a ouro e de cada lado deste pilar as Dipastambas (pilares de lamparinas) com 7 metros cada, que são um espetáculo a parte quando são acesos à noite.
No centro do complexo fica o Sri Koil ou Alambaram onde fica o Garbha-griha (o útero da Terra, como se chama a sala da deidade em sânscrito) onde reside a Guruvayappan totalmente decorado com pinturas narrando os passatempos de Krishna, ao sudoeste da sala da deidade esta uma sala fechada chamada “sala do mistério” que ninguém sabe ao certo o que guarda, só se conhece uma lenda que diz que na sala existem cinco Nagas (serpentes divinas) que guardam um imenso tesouro, mais ninguém cogita abrir para ver se é verdade.
Ao lado da sala misteriosa é a sala de Saraswati, onde ela é adorada junto com as escrituras sagradas que ficam depositadas nesta sala, e ao lado desta um altar de Ganesha onde é distribuída a prasada de Guruvayappan
Em um pátio fora da parte principal do templo existe uma capela dedicado a Sastra ou Ayappa, filho de Vishnu e Shiva e um prédio chamado Vicakkumatam cercado de 6614 lamparinas nas paredes que são acessas nos festivais e onde se localiza uma bela escultura de Vishnu deitado em Ananta Sesha. Ao norte do templo está o Rudratirtha um lago onde a deidade e banhada e onde os pujaris(sacerdotes) se banham para servir a deidade, ao lado deste lago esta o templo da Deusa do templo Edatharikathu Kavil Bhagavati uma forma de Durga que é a maya de Guruvayuappan, que era a deidade original do templo como se narra a historia de deidade resumida abaixo:
De acordo com o Narada Purana esta deidade era adorada pelo senhor Brahma que a deu a Vasudeva o pai de Sri Krishna, e depois foi adorada pelo próprio Krishna que a levou para Dwaraka onde depois foi dada de presente a Udhava um dos devotos mais íntimos de Sri Krishna, para que Udhava diminuísse o sentimento de separação após Krishna deixar o planeta.
Após a cidade de Dwaraka submergir a deidade foi transportada por Bhihaspati e Vayu para o sul em busca de um local para que ela fosse instalada, ao chegar em Kerala eles encontraram com Parashurama (avatara de Vishnu que criou o estado de Kerala) que os levou com a deidade para a margem de um lago cheio de lótus (o Rudratirtha) onde estava Shiva meditando próximo de um templo dedicado a Bhagavati (Durga), então a pedido da deidade de Durga a deidade de Krishna foi intalada no local onde ela estava e Durga se moveu para o lado esquerdo do templo onde está até hoje.
Em outra passagem é dito que Maharaja Jamanejaya, filho de Maharaja Pariksit, após ficar leproso pela reação de seu sacrifício para matar todas as serpentes da Terra, foi mandado por Dattatreya (forma combinada de Brahma, Vishnu e Shiva, isso mesmo os três) advertiu que ele deveria adorar Krishna em Guruvayur o que ele fez, e ficou curado em quatro meses.
Por volta das sete da noite ocorre o principal evento do templo, a procissão da deidade, que é colocada sobre um trono dourado sobre um elefante ornamentado, após elaboradas preparações para a vinda da deidade o devotos tocam o búzio três vezes e rapidamente os pujaris trazem a deidade funcional e a colocam sobre o elefante líder sobre parasóis coloridos e abanados por abanos e chamaras (de pelo de rabo de yaque), acompanhado por músicos e cantores e dão uma volta em torno do complexo do templo.
A importância dos elefantes no templo é testemunhada pelo seu grande número e pela forma carinhosa com que são tratados além da historia do elefante-devoto Keshavan.
Keshavan foi dado ao templo pelo raja de Nilanbur em 1916 com 10 anos de idade e viveu servindo ao templo por toda sua vida de 72 anos, ele era tão bom que era amado por todos da cidade e sempre levava a deidade de Krishna nas procissões, não deixou de participar de nenhuma cerimônia por 54 anos!!!Ele se ajoelhava nas duas patas traseiras apenas para receber a deidade sobre seu dorso, para qualquer outra pessoa que fosse subir levando outro artigo (parasóis ou abanos) tinha de subir sobre a sua perna esquerda. Nunca causou nenhum sofrimento a nenhuma pessoa e era o elefante mais alto de Kerala com 3,20m de altura.
Um dia único em estava atrasado (ninguém buscava ele, vinha sempre só ao mangala-arati) ele veio em disparada pela rua principal em direção ao templo fazendo com que as pessoas corressem para os lados,então surge uma pessoa que por sofre de lepra havia perdido as pernas e não pode sair do caminho, Keshavan brecou retirou o homen com cuidado com sua tromba e chegou a tempo de participar das cerimônias matutinas.
Após servir Krishna por 60 anos ele ganhou o titulo Gajaraja “Rei dos elefantes”.
No Guruvayur Ekadasi Utsava em 02 de Dezembro de 1976, durante o mangala-arati a deidade de Krishna foi colocado sobre Keshavan, que ao receber a deidade caiu e não conseguiu se levantar, então tiraram a deidade dele e colocaram sobre outro elefante, e as 3 da manha olhando para seu amado Krishna na companhia dos devotos o elefante Keshavan deu seu ultimo suspiro e deixou este mundo. Hoje em frente ao templo existe uma imagem em tamanho natural de Keshavan que carrega os marfins originais, E todos os anos é feita uma corrida em sua honra onde o elefante que ganha carrega Krishna por um ano e coloca uma guirlanda sobre a estatua de Keshavan.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Shaktismo

Durga

durga Lakshimi Saraswati

Lalita-Tripurasundari




Gayatri

















Existem três principais correntes da espiritualidade védica, são os vaishnavas (devotos de Vishnu), os shaivas (devotos de Shiva) e os shaktas (devotos de Shakti ou a Deusa).
Na tradição védica nunca o sagrado feminino foi deixado de lado e mesmo no vaishnavismo ou shivaismo o papel da Deusa é fundamental, NÂO EXISTE MASCULINO SEM O FEMININO OU SEJA NÂO EXISTE VISHNU SEM LAKSHIMI OU SHIVA SEM PARVATI.
O shaktismo ou “doutrina do poder” foca seu culto neste principio feminino na forma de Devi, para os shaktas Devi é o Supremo Brahman, Ela não é vista apenas como uma consorte de uma divindade masculina mais sim como a fonte da energia de qual o masculino é a parcela passiva.
O shaktismo esta mais ligado ao shivaismo e tem em Shiva o lado masculino mais transcendente e inativo como costumam dizer “Shiva sem Shakti é Shava ou seja um cadáver” também é bem conhecido um hino shakta composto por Sripada Sankaracarya chamado Saundalyahari onde é citado na primeira linha “ Se Shiva está em união com Shakti ,Ele é capaz de criar, se não Ele não é capaz nem de se mover”.
A história, do ponto de vista acadêmico, do shaktismo tem raízes muito profundas na Índia (assim como em todo o mundo) com artefatos que datam desde 22.000 anos!!!.
Nos Vedas existem diversos hinos dedicados as Deusas como o Sri Sukta, e varias deidades femininas são citadas como Ushas (o amanhecer), Sri (Lakshimi),Svaha (Ablução esposa de Agni), Sachi (Kali) para citar alguns exemplos.
Como dito anteriormente para os shaktas Devi é a Suprema Personalidade a personificação e energia de toda a criação, ou seja é o ÚNICO sistema religioso no mundo completamente orientado para o feminino, mais isso não isso não implica a rejeição do masculino.
Outro aspecto muito interessante do shaktismo é sua forte associação com o tantra, desde a adoração ortodoxa nos templos do Sul da Índia aos ritos mágicos e ocultos do Norte da Índia, principalmente no respeito a usos de mantras, yantras, e elementos de yoga, sempre praticados sob a guia de um guru fidedigno e qualificado após o rito de iniciação (Diksa) com ensinamentos orais em suplemento aos textos sagrados (como ocorre em todas as linhas filosóficas védicas), na parte social o tantra é muito positivo no aspecto de não considerar as barreiras de castas (um shudra pode ser um guru, e todas as mulheres são consideradas manifestação de Shakti) fazendo que todo adepto masculino tente encontrar a sua parte feminina para assim poder adorar o Supremo de forma adequada (ótimo exemplo: os maiores “devotos” de Krishna por exemplo são mulheres –as gopis- e o Senhor Chaitanya tinha o sentimento de Radha por Krishna ou seja leiam bastante pois não será aqui que vou elucidar tamanha complexidade, para dar um exemplo de como o Gaudiya Vaishnavismo também é muito influenciado pelo Tantra).
Os shaktas se aproximam de Devi nas Suas mais diversas manifestações, mas sem esquecer que todas são consideradas manifestação de uma Deusa Suprema. A preferência de uma forma, que é chamado de ishtadevata, depende de vários fatores, tradição familiar, região geográfica, linha de Guru (parampara), etc. As principais formas adoradas ou as mais “básicas” seguem abaixo:
-Parashakti- Devi na sua forma transcedental.
-Durga – Mahadevi oi Suprema Divindade.
-Sri Lakshmi – Deusa da fortuna (amor, beleza , poder , prosperidade, saúde, etc) shakti de Vishnu.
-Parvat i- consorte de Shiva e manifestação mais “maternal” de Durga.
-Saraswati - shakti de Brahma e Deusa dos assuntos culturais (artes, literatura, musica, ciências, conhecimento, etc.)
-Gayatri-aspecto de Saraswati como conhecimento transcedental.
-Ganga - Deusa do rio Ganges.
-Sita - Devi consorte de Rama.
-Radha - Devi como consorte e shakti de Krishna.
Alem das citadas acima adoradas e conhecidas por todos os ramos hindus existem um grupo mais fechado ao shaktismo e ao tantra, são as Dasamahavidyas ou os Dez Grandes Conhecimentos, que são:
-Kali – a Devoradora do tempo, a encarnação da Destruição cósmica.
-Tara – outro nome de Kali como guia e protetora que leva a salvação.
-Lalita-Tripurasundari – a”Beleza dos três mundos” aspecto de beleza e forma Tantrica de Parvati.
-Bhuvaneswari - Senhora e mãe do mundo, personificação do Universo (os vaishnavas á adoram na principalmente como Subhadra, outra vez tantra e vaishnavismo rs)
-Bhairavi – aspecto de força da Deusa.
-Chinnamasta – a nutriz que se auto sacrifica para nutrir o mundo, retirando sua energia do poder sexual.
-Dhumavati – a Deusa como viúva,representa o mundo após a destruição.
-Bagalamuki- aspecto de proteção.
-Matangi- a Saraswati tantrica por vezes sem casta (intocável) e por vezes energia de Lalita-tripurasundari.
-Kamala- Deusa do lótus ou a Lakshimi tantrica.
A adoração a Devi ocorre principalmente por dois grupos, ou famílias ( no sentido de linha filosóficas ou sampradayas), a Srikula (mais forte no sul da Índia) e a Kalikula (do norte e leste da Índia), um aspecto interessante do Srikula e a adoração através de um Yantra o famoso Srichakra.
O principal festival shaktista é o Navaratri (nove noites) onde se adoram as Deusas e onde se lê o Devimahatmya do Markandeya Purana um dos principais textos shaktas.
Existem vários templos dedicados a Devi ou Shaktapithas (assentos de Shakti) como são chamados, que tem relação aos locais onde os pedaços do corpo de Devi caíram após serem cortados por Visnu no passatempo de Shiva e Sati (onde Devi se imolou no fogo em protesto ao seu pai Daksha, por não aceitar seu casamento com Shiva e após matar o sogro, Shiva sai carregando o corpo de Sati que é cortado pelo disco de Vishnu e tem os pedaços espalhados pela Terra, depois Sati renasce como Parvati filha da montanha), alguns templos importantes são os de Vaishio Devi, nos Himalayas; Dhakshinakali; em Kolkatta; Meenakshi, em Madurai; Kamakhya, em Assam; Kamakshi, em Kanchipuram; Kanyakumari, no estremo Sul; Vimala em Puri; só para citar alguns.
O Shaktismo sofreu muita persequição principalmente durante o período de dominação inglesa que junto com alguns outros grupos hindus a considerava ( alguns ainda consideram) como magia negra ou ocultismo.
Hoje o shaktismo saiu das barreiras indianas e também floresce na Europa e América do Norte, o primeiro templo hindu aberto na América do Sul na Venezuela é dedicado a Kali.
O número de adeptos entre não indianos cresce muito nos últimos tempos principalmente na América do Norte, como uma busca de uma religião mais antiga livre do patriarquismo das religiões, como era em todo o mundo antes das religiões abrahanicas.
É acho que sou um pouco shakta também.
Dakshineswara Kali mandir

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Kannappa

Templo de Sri Kalahasti

Kannappa é um santo shaiva (devoto de Shiva) que nasceu próximo ao que é hoje o templo de Sri Kalahasti em Andra Pradesh no sul da Índia, em uma família de caçadores e foi chamado deThinnan(forte) por seus pais.
Em suas andanças pela floresta ele encontrou a Vayu Linga de Kalahasti ( a Linga de ar de Shiva, que junto com outras lingas em outros cantos do pais formam as lingas dos 5 elementos, terra, fogo, água e éter) e foi tomado por amor e devoção a Shiva, mas por ser analfabeto e de baixo nascimento, não sabia adorar de forma correta. Ele trazia na boca água para colocar sobre a Linga e oferecia os animais que caçava a Shiva, o seu amor por Shiva era tão puro e seu coração inocente que Ele (Shiva) aceitava as oferendas.
Um dia Shiva resolveu testar a inabalável devoção de Thinnan, durante uma visita no templo Shiva fez com que a terra tremesse o que fez com que tosos os sacerdotes corressem para fora mas Thinnan correu para a Linga à abraçou e a protegeu com seu corpo, após o incidente ele ficou conhecido como Dhira ou o que não tem temor.
Em outro incidente mais famoso Thinnan ou Dhira viu que um dos olhos da linga havia caído e de lá saia sangue e lágrimas e pensou que o olho de Shiva havia sido arrancado, sem pensar meia vez pegou uma de suas flechas arrancou um de seus olhos e colocou na Linga no local do olho que sangrava parando o sangramento.Mas logo notou que o outro olho da Linga começava a sangrar e resolveu dar a Shiva seu outro olho, mas para não perder a noção do exato local onde deveria encaixar o olho, Thinnan colocou o dedão do pé na Linga para marcar o local, arrancou seu único olho e quando ia encaixar na Linga o Senhor Shiva comovido pelo amor de Seu devoto apareceu e falou na língua telegu (que é a língua da região) “Nillu Kannapann!!” Pare Kannappa(kannapa significa "aquele que deu os olhos ao Senhor") e restaurou os olhos de Kannappa e os transformou em um dos 63 Niyanars ou grandes bhaktas de Shiva.

Sri Nityananda Utsava

Doyal and me



Pés de lótus Sri Nityananda


Rama Krishna d


Kirtana



Eu e Sri Nitay




Ananda Vrindavana dd, Sri Vraja Sundara d, eu e Sri Krishna Shakti d.






Venho agradecer aos devotos que ajudaram no festival de Sri Nityananda Rama, é por este motivo (a adoração a Krishna)que nós Gaudiyas Vaishnavas vivemos e tentamos manter vivas as tradições.
Agradecimento ao casal “o meeeu” Ananda Vrindavana D.D. e Vraja Sundara D., Doyal Nitay .D (quem diria), Sri Krishna Shakti D.,Govindanandana Dasa (que infelizmente não estava lá mais foi pintar as deidades de Goura Nitay antes do festival para que todos As vissem belas) Yashoda D.D. ( de Nova Gokula) Madhumati Radhika D.D. (a mulher por traz das lentes)e Thirtatma Nitay D., Rama Krishna D., o casal lawyer Anandamaya D.D. e Dasananda Gouranga D. (nos amaldiçoamos e eles processam), Sri Krishna e Krishna Bhava D.D. (por abrirem suas portas sempre aos devotos e agüentar a bagunça toda), e várias outras pessoas que cozinharam , limparam , cantaram ,dançaram ( não vou lembrar de todos aqui tenho memória de Dori)e por mais um ano honraram Sri Nityananda.
Muito obrigado pela amizade de vcs.
Nityananda Ki Jay!!!!

Há a vassoura que pensamos que era o Doyal tb.