terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A deidade testemunha.

Sri Sakhsi Gopal foto não muito boa mas rara pois não se fotografa esta deidade.





Certo dia dois brahmanas de Vidyanagara no sul da Índia estavam em peregrinação por vários lugares sagrados no Norte da Índia, após uma longa viajem e muito tempo chegaram até Vrindavana , local dos passatempos de Sri Krishna, e banharam-se no sagrado rio Yamuna foram a locais sagrados como Govardhana e viram a adoração elaborada feita para deidade de Gopala, absortos pela beleza da deidade de Gopala os brahmanas viajantes ficaram no local por quatro dias.
Um dos brahmanas era mais idoso e muito rico e o outro era muito simples e pobre, por devoção e educação o brahmana mais jovem prestou serviço durante toda a viajem por respeito e como um serviço aos devotos e ao próprio Krishna o que ajudou muito o brahmana mais velho nas dificuldades da viajem, isto deixou o brahmana mais velho muitíssimo agradecido, pois nem entre seus próprios parentes tinha alguém que o tratava com tanta educação e cuidados, agradecido ele disse ao jovem brahmana que pretendia dar-lhe a mão de sua filha em casamento.
Ao ouvir isto o jovem brahmana recusou e disse “Senhor os serviços que lhe prestei foi apenas para a satisfação do Senhor Krishna, que fica muito satisfeito com o serviço feito aos brahmanas, e de qualquer forma eu não sou o marido certo para sua bela filha sou pobre e de pouca educação formal ao passo que o senhor é muito rico e muito erudito além de que sua esposa e seus filhos não irão concordar com o casamento”.
Ao ouvir isso o brahmana mais velho disse “meu jovem, lhe darei a mão de minha filha em casamento, não me interessa o que outros achem disso apenas aceite minha proposta”.
O jovem então respondeu “Se então realmente quer me entregar sua jovem filha em casamento então diga isso perante a deidade de Gopala”.
Naquela época e ainda hoje em alguns locais era costume resolverem-se problemas e selar promessas perante a deidade, pois ninguém ousava mentir perante a deidade, então ambos dirigiram-se ao templo e o brahmana mais velho disse para a deidade “Meu Senhor, por favor, seja testemunha de que eu entregarei minha filha em casamento a este jovem” e o brahmana jovem disse “Meu querido Senhor, você é minha única testemunha e eu irei chamá-Lo como tal caso seja necessário”.
Semanas passaram-se e os brahmanas retornaram a Vidyanagara, assim o brahmana mais velho lembrava de sua promessa e foi comunicá-la a sua família que ficou muito desapontada e lhe disse que só por passar algum tempo com um estranho a brincar e rir não era motivo para dar a filha em casamento, assim censurando o brahmana a sua família disse que se suicidaria caso o pai tentasse casar a filha com o jovem.
O brahmana mais velho disse “Mas eu fiz a promessa num local sagrado e se eu não der a minha filha em casamento ao jovem ele vai chamar a deidade de Gopala como testemunha”
O filho replicou “Ele pode chamar a deidade como sua testemunha, mas ela está em uns pais distante, quem vira prestar lhe testemunho? Fale que você se esqueceu da promessa que eu cuido do resto”.
No outro dia o jovem brahmana foi perante a casa do bharmna mais velho, mas foi recebido por seu filho com um bastão na mão e foi enxotado de lá, o jovem entãao chamou o povo da cidade e perante a casa do brahmana replicou “Este senhor me prometeu a mão de sua filha em casamento” ao qual o brahmana mais velho disse que não se lembrava de promessa alguma e o filho deste replicou “Ele viajou junto ao meu pai por alguns locais sagrados e vendo que me pai possuía dinheiro decidiu roubalo e colocou uma droga na comida que deixou meu pai drogado e depois de pegar o dinheiro disse que meu pai havia prometido sua filha em casamento”.
A duvida se instalou nos habitantes da cidade e o jovem brahmana falou ao seu favor “ Desde o começo fui contra idéia do casamento mais ele insistiu e jurou perante a deidade de Sri Gopala e eu chamo a deidade como prova de que digo palavras verdadeiras”.
Ao ouvir isso o brahmana mais velho disse imediatamente “Se Gopala vier pessoalmente dar seu testemunho juro perante todos que darei minha filha em casamento” e o filho do brahmana confirmou pensando que nunca a deidde iria prestar testemunho pessoalmente.
O jovem brahmana cheio de fé em Gopala foi até Vrindavana novamente e ao chegar ao templo contou detalhadamente o ocorrido para a deidade “Meu amado Senhor, não estou aqui porque desejo a mão da filha do brahmana em casamento mais pelo brahmana ter quebrado sua promessa e ter me trazido grande dor, o Senhor é muito misericordioso e sabe de tudo o ocorrido, sabendo disso, por favor, seja minha testemunha”.
O Senhor Krishna disse “Eu nunca ouvi dizer de uma deidade que andou de um local para outro”.
O brahmana replicou “Isso é verdade, mas mesmo assim você esta falando comigo, mesmo sendo uma deidade, você não é apenas uma estatua; Você é diretamente a Suprema Personalidade de Deus o próprio Krishna em pessoa”.
Krishna sorriu e disse “Meu caro brahmana apenas me ouça, eu estarei caminhando com você e desta maneira eu te seguirei e serei sua testemunha apenas confie em mim e não olhe para traz para ver se estou te seguindo, se fizer isso pararei e ficarei no mesmo local sem me mover, saberá que estou atrás de você pelo som de meus sinos de tornozelo, cozinhe um quilo de arroz por dia e Me ofereça, comerei este arroz e te seguirei”.
Assim no outro dia o brahmana fez o que a deidade havia lhe dito e a deidade seguiu o jovem passo a passo e este ficava imensamente contente em ouvir o som das tornozeleiras de Krishna, diariamente cozinhava um quilo de arroz de primeira qualidade e oferecia para a deidade comer e eles andaram e andaram ate chegar próximo ao local onde vivia o brahmana e o brahmana pensou “Irei até minha casa e direi ao povo que minha testemunha chegou” assim ele se voltou para traz e viu a deidade de Gopala sorrindo para ele e Krishna disse “Vá para sua casa eu ficarei aqui e não irei embora”.
Ao ver que a deidade veio como testemunha do brahmana o povo ficou encantado e oferecia reverencias a Gopala atônitos com Sua beleza e na presença de todo o povo a deidade testemunhou a favor do jovem brahmana, o brahmana mais velho pediu desculpas a Krishna e ao brahmana por terem mentido e realizaram o casamento do jovem e da filha do brahmana, ao ouvir sobre a historia o rei do local veio ver a deidade e mandou construir um belo templo para que ela fosse devidamente adorada, depois de algum tempo a deidade foi movida de Vidyanagara para Cuttack em Orissa onde é adorada ate hoje no caminho para Jagannatha Puri onde é conhecida como Sakshi Gopal ou “Gopala o testemunha”. Esta é a famosa historia da deidade de Sakshi Gopal muito famosa hoje principalmente no estado de Orissa onde seu templo, uma versão menor do de Jagannatha em Puri, é muito visitado por peregrinos no caminho para Puri, ela é contado no Sri Caitanya Caritamrta, de Krishnadasa Kaviraja e traduzida e publicada por Srila Prabhupada ( Fotos do templo de Sakshi Gopala em Orissa proximo a Puri).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Altar 02 - Sri Krishna Dasa e Adi Badri Devi Dasi




Estas belas deidades são adoradas por Sri Krishna e Sua esposa Adi Badri em São Paulo, Brasil.

Lindas Salagramas Silas , Goura Nitay e Sri Jagannatha Sri Baladeva e Srimati Subadra


























quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Foto do dia. Almoço de Radha Krishna


Nesta residência na Bengala as deidades da casa Sri Sri Radha Krishna e Sri Salagrama almoçam como os bengalis tradicionais vão para o chão sobre a lmofada fazer seu almoço e voltam para o altar, legal né.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Visão dos céus

Algumas fotos interessantes de satélite de alguns locais sagrados na Índia e fotos do mesmo local vista por mortais comuns, a maioria de cidades templos como a de Sri Rangam o maior templo do mundo.

Radha Govindaji, Vrindavana



Sri Krishna temple, Udupi


Sri Padmanabhaswami temple, Tiruvanantapuram Kerala

Sri Arunachaleswara Koil, Tiruvanamallai Tamil Nadu



Sri Venkateswara Koil, Tirumala




Sri Brihadiswara Koil, Thanjanvour



Sri Rangannatha Koil, Srirangam



Sri Somanath, Gujarat




Sri Vahara Narasimha Koil, Simhachalam




Sri Ramalinga Koil, Rameswaram




Sri Gunducha Mandir, Puri




Sri Purushotama Jagannatha Mandir, Puri





Sri Meenakshi Sundariswara Koil, Madurai.




Sri Guruvayurappan Koil, Guruvayur




Sri Dwarakdisha Mandir, Dwaraka





Sri Nataraja Koil, Chindambaram



Sridam Mayapur, Mayapur Bengal

Festival de carros.

Em todas as civilizações, antigas ou modernas, as procissões religiosas são consideradas um grande evento, estas procissões sempre usam o veiculo mais comum e importante na cultura em questão para carregar as imagens sagradas de seus Deuses, no Egito Antigo era usada a barca, por exemplo, e na Índia é usado o carro derivado do carro de guerra.
Na cultura védica cada aldeia e cidade têm um templo principal que é o núcleo de toda a atividade dos habitantes ao seu redor desde as plantações até o artesanato e o comercio e o templo ocupa a região central da cidade e o Deus ou Deusa no templo central e considerado o verdadeiro(a) soberano(a) da cidade, e para abençoar os seus súdito-devotos as deidades saem do templo para ver a cidade e seus habitantes numa grande festa, estas saídas podem ter vários motivos, festejar o casamento da deidade, o aniversario do templo, abençoa as plantações, os habitantes (por exemplo Rangannatha Swami, um deidade de Vishnu em Sri Rangam visita em datas diferentes as quatro varnas ou classes sociais: brahmanas, kshatrias, vaishyas e sudras tanto nas plantações como nos mercados), ou para o simples prazer da deidade (há um deidade de Shiva no sul da Índia que sai em procissão com todos os seus servos para alguns dias na praia a mais de 100 km de distancia do templo principal), para visitar outra deidade, ou por varias outras razões.
Nestas procissões vários veículos são usados mais o mais comum e elaborado é a carruagem chamada de Ratha no norte da Índia e Ther no sul. Nesta ocasião o templo mostra toda sua pompa e a deidade sua riqueza e poder adornada com suas melhores jóias e sedas dadas por devotos em agradecimento a graças alcançadas, as carruagens saem acompanhadas por um exercito de sacerdotes, dançarinos, músicos entre outros e é seguida por uma imensa multidão que espera horas para ver a deidade passar por um local no caminho, e ouvem-se exclamações como “Nossa como nosso Senhor esta belo hoje”.
Com certeza a procissão de carros mais conhecida hoje dentro e fora da Índia é a de Sri Jagannatha em Puri, onde Jagannatha (Krishna) e Seus irmãos Baladeva e Subhadra saem em procissão até o templo de Gundicha, festa que dura nove dias e foi levada por Srila Prabhupada pelo mundo afora e hoje acontece em várias cidades do mundo (este domingo 20/12/2009 será em São Paulo).
Outros festivais famosos na Índia são nos grandes templos do sul como Sri Rangam , Chindambaram ou Udupi (que tem Ratra Yatra todas as noites !!!)
Festival Rata Yatra ISKCON Bali

Ther de ouro de Tirupati

Udupi







Sri Rangam










Madurai










Chindambaram




Chennay Parthasarathi








Puri Orissa
Bhaktapur Nepal