quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Varahadeva ky Jaya!!!









"vasati dasanasikhare dharani tava lagna
sasini kalankakaleva nimagna
Kesava dhrta sukararupa
jaya jagadisa hare"

Ó Kesava de belos cabelos! Que na forma de um Javali (sukarupa) faz com que Terra a descanse em paz na ponta da Suas presas, como uma mancha sobre a lua. Todas as glórias a ti Hari! Senhor do universo!

Gita Govinda de Jayadeva Goswami.

Hoje comemoramos o aparecimento da Suprema Personalidade de Deus Sri Hari na forma de Sri Varahadeva que salvou Bhumi, a Terra, das profundezas do oceano causal onde havia sido colocada pelo demônio Hiranyaksha.
Após matar o demônio o Senhor restabeleceu a Terra em seu lugar e casou-se com Bhumi Devi.
Que Sri Varahadeva abençoe a todos e que nos tire do oceano de ignorância assim como ele retirou Bhumi do oceano!!!
Todas as glórias a Hari Senhor dos devas.

Varias fotinhas do Senhor Varaha abaixo.








Vetalas vampiros da Índia.











Nem só de deuses e sábios vive o hinduísmo, existe toda uma gama de criaturas entre os três mundos que são conhecidas, temidas e adoradas pelos seguidores dos Vedas desde tempos imemoriais.
Andando pelas livrarias aqui de São Paulo vi o grande sucesso que os livros de vampiros fazem hoje (eu adoro Anne Rice qualquer outro vampiro fica sem graça se não for como os dela) as historias acerca estes seres datam dos primórdios da humanidade e são encontradas no Egito, Mesopotâmia, Europa e também na Índia onde são chamados de Vetalas os Betalas.
Os vetalas são seres que rondam cemitérios e crematórios à noite, alimentam-se de carne e principalmente de sangue humano ou animal, tem forma etérea mas manifestam-se materialmente ou podem se apossar de corpos mortos e usa-los, assim como as dakinis que também se alimentam de sangue ( passatempo sobre Maharaja Bharata quando este fpoi salvo por Kali dos ladrões descritos no Bhagavata Purana) esta galerinha vive sobre a supervisão do Senhor Shiva e de Devi Kali de quais alguns são servos, estes (os servos de Shiva e Kali) são adorados em alguns locais da costa oeste da Índia como no templo de Sri Bhetal Mandir (em Goa), alguns são adorados em rituais tântricos afim de fazerem algum serviço, para o bem ou para o mau, por mando de alguma pessoa através de oferendas tamasicas ( no modo da ignorância, como sangue e carne por exemplo).
Textos sânscritos antigos contam histórias acerca dos vetalas o mais conhecido e sobre o rei de Ujjain chamado Vikramaditya que viveu entre 102 A.C até 15 D.C. e estão narrados no livro chamado Vaital Pachisi, os vetalas por estarem fora dos parâmetros mortais de tempo e espaço sabem muito sobre o presente, passado e futuro e conhecem intimamente a natureza humana, por este motivo alguns tântricos da linha vamachara, ou “da mão esquerda” parte digamos mais “negra” do tantra para resumir, tentam conseguir estes seres como escravos.
O rei Vikramaditya prometeu a um tantrico que lhe traria um vetala e foi ate uma arvore junto ao crematório onde se sabia que ele habitava.
O rei Vikram enfrenta muitas dificuldades para levar o vetala ao tantrico. Cada vez quanto Vikram tentava capturar o vetala, ele contava uma história que termina com um enigma. Se Vikram não conseguisse responder à pergunta corretamente, o vampiro consentiria de se manter no cativeiro. Se o rei responde à pergunta corretamente, o vampiro escaparia e voltaria à sua árvore, o rei é incapaz de manter a sua boca fechada se ele souber a resposta, devido ao seu ego de kshatria Apesar de conhecer o que o vampiro, ele sabe a resposta a cada pergunta; por isso, o ciclo de captura e solta do vampiro continua vinte e quatro vezes.
Na vigésima quinta tentativa, o vetala conta a história de um pai e um filho no final de uma guerra devastadora. Eles encontram a rainha e a princesa viva no caos, e decidem levá-los para casa. No devido tempo, o filho casa-se com a rainha e o pai casa-se com a princesa. Conseqüentemente, o filho e a rainha têm um filho, e o pai e a princesa tem uma filha. O vetala pergunta que a relação entre duas crianças recém-nascidas. A pergunta confunde Vikram. Satisfeito, o vetala permite que ele seja levado.
O vetala revela o plano do tantrico de sacrificar Vikram, decapitando-o enquanto ele se curvase perante a Deusa. Desta forma o tantrico poderia obter o controle sobre o vetala. O vampiro sugere que o rei pergunte o tantrico como fazer as reverências, assim tirar proveito daquele momento para decapitar o próprio mágico. O Vikramāditya faz exatamente o que o vetala diz e ele é abençoado pelo Senhor Indra. O vetala oferece ao rei um benefício, sobre o qual Vikram solicita que a vida do tantrica seja restaurada e que o vetala viria à ajuda do rei quando necessário.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Eu, eu mesmo e myself













Falaram que não tinha fotos minhas no blog mas tem sim , mas na dúvida coloco mais algumas (odeio aparecer em fotos).

Meu altar versão 2010





Algumas fotinhas feitas ontem (25/01/2010) do meu altar Sri Navaneethana Krishna, Sri Durgai, a nova deidade Sri Ardhanariswara (meio Shiva meio Parvati), Srimati Tulasi Devi (presente de Anandini Devi Dasi), Sri Prasupati Linga (Shiva), Sri Vinayaka (Ganeshaji) e uma geral do altar.











quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Resurgimento do hinduismo na Indonésia.






Templos de Pranbanam







A Indonésia tem uma história muito antiga de hinduismo, reinos antigos em várias ilhas do arquipélago da Indonésia eram hindu-budistas no passado e após as invasões islâmicas alguns locais isolados e comunidades como a ilha de Bali, por exemplo, continuam a adoração a Vishnu, Shiva e Devi.
E nas ultimas décadas o hinduismo vem ressurgindo nas ilhas principalmente Java com a ajuda dos hindus locais e dos hindus de Bali.
Java era até o século 15 um grande reino hindu chamado Majapahit e hoje abriga a maior população islâmica do mundo e 2% de hindus que ainda podem ver seu passado nos vários templo hindus em ruínas pela ilha, o islamismo ficou mais forte a partir do século XVI, mas após a queda do presidente Suharto que de certa forma perseguia a minorias religiosas no pais, o hinduismo vem renascendo com força no arquipélago, oficialmente ate 1962 não era reconhecida nenhuma religião fora o islã na Indonésia, o reconhecimento só veio após a luta dos hindus de Bali que também lutava pelo direito dos hindus do resto do pais.
Entre 1965 e 1966 o governo em uma violenta perseguição a comunistas aproveitou e tentou se livrar dos hindus de Java e muitos deles por medo se declararam muçulmanos para poderem salvar suas vidas lançando mão de suas tradições ancestrais, mas hoje eles já podem dar as caras e no país se vê uma grande reconstrução de templos (chamados Pura) próximos aos templos em ruínas antigos ou restaurando os ainda intactos e devolvidos ao culto hindu, um exemplo é o templo de Pura Mandaragiri Sumeru Agung em Java oriental construído em 1992 com a ajuda dos balineses, quando o templo foi acabado poucas famílias se declararam hindus no local já em 1999 mais de 5000 famílias se declararam hindus e adoravam no templo, outros locais importantes são os templos de Pura Loka Moksa Jayabaya perto de Kediri onde um santo chamado Jayababa atingiu moksha (liberação) e o templo de Pura Pucak Raung um templo recente em comemoração ao local onde um brahmana indiano chamado Maharishi Markandeya levou o hinduismo para Bali no século V.
Os templos também ajudam na economia local, pois em festivais os hindus peregrinam aos locais vindos principalmente de Java, para ver as relíquias antigas como os templos de Pranbanam ou os locais modernos de culto.
Os hindus da Indonésia querem trazer de volta a era de ouro do país conforme as profecias do santo Jayabaya em que o hinduismo voltaria a Java e o país voltaria a ter uma era de ouro, Java apesar de muçulmana ainda possui muito de sua antiga cultura hindu um exemplo disso são as danças clássicas javanesas (postei um vídeo do Ramayana de Java no post sobre Pranbanam).

Nas fotos alguns locais e tradições hindus na Indonésia.