sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Garuda
















Garuda गरुड é o vahana ou carregador de Sri Vishnu, filho do sábio Kashyapa e Vinata.
Apareceu, conforme narrado no Mahabharata, de um grande ovo com corpo e membros de homem e asas, cauda e bico de águia. Simboliza o vento o s raios do Sol e os ensinamentos esotéricos dos Vedas.
Da antiga rivalidade entre sua mão Vinata e a irmã desta, Kradu a mãe das serpentes e também esposa de Kashyapa, veio a aversão de Garuda pelas nagas ou serpentes.
De certa vez que Vinata foi escravizada por Kradu, esta disse a Garuda que só a libertaria se ele trouxesse o Amrit ou néctar da imortalidade do palácio de Indra o rei dos devas.
Garuda voou até o céu e após lutar com duas grandes nagas, tão poderosos que só de velas os mortais já morriam, conseguiu roubar o néctar.O senhor Vishnu vendo o feito ficou impressionado com Garuda e lhe deu bênçãos , este pediu para ser o carregador de Vishnu e para ser imortal sem precisar tomar o néctar, o que lhe foi consedido.Entre mentes Indra descobre o roubo e saião encalço de Garuda, ao encontra-lo Indra atira um de seus raios para mata-lo mas consegue apenas arrancar-lhe uma pena e fazer com que derrame 4 gotas do néctar em quatro locais na Terra Nassik, Prayag, Haridwar e Ujjain onde o poder do néctar se manifesta a cada 12 anos e então ocorre o Kumbha Mela a maior festa religiosa do mundo.
Depois do incidente eles fazem um pacto no qual Garuda concorda em devolver o néctar desde que Indra de o aval para que ele possa se alimentar de nagas, o que lhe é consedido.
Indra pede-lhe para que coloque o pote no mesmo local mas que o cubra de grama Dharba cortante e Garuda o faz e sai para se banhar, Indra então pega o pote e leva-o embora deixando a grama no local que depois é encontrada pelas serpentes que procuram o pote, estas vão lamber a grama para tentar descobrir o ladrão pelo cheiro mas cortam a língua no meio com a grama cortante ficando assim com as línguas bifurcadas.
Após o incidente a mão de Garuda foi libertada e desde então as pessoas clamam por ele para serem protegidas das serpentes, também é dito que Garuda ensinou a humanidade a curar o veneno das serpentes.
Krishna quando fala de Sua onipotência diz no Bhagavad Guita 10.30 que “De entre os pássaros Eu sou Vinata(Garuda)” o que mostra a importância do mesmo.
Garuda também tem vários nomes entre eles Chirada, Gaganeshvara, Kamayusha, Kashyapi, Khageshvara, Nagantaka, Sitanana, Sudhahara, Suparna, Tarkshya, Vainateya, Vishnuratha, nos Vedas ele é chamado Syena.
Existe escrituras com seu nome como o Garudapurana e Garudopanisad e é dito que enquanto Garuda voa suas asas cantam os Vedas.
Ele também é muito conhecido no budismo e considerado símbolo real na Tailândia e Indonésia onde existe uma companhia aérea com seu nome.

Namah pannaganaddhaaya vaikunta vasavardhineh I
Sruti-sindhu Sudhothpaada-mandaraaya Garutmathe II

Minhas reverencias a Garuda de belas asas.
Seus membros são adornados com serpentes belas que ele conquistou em batalhas, elas são suas jóias.
Ele é um dos servos íntimos do Senhor e esta sempre pronto a servi-Lo
Ele é como a montanha mandara que bate o oceano do conhecimento dos Vedas e os dá para aqueles que o adoram.
A ele eu ofereço minhas humildes reverencias.

Só por curiosidade Garuda tem duas esposas Rudrai e Sukeerthi e seis filhos.








esposas de Garuda

Tirumangai Alvar திருமங்கை அல்வார்


Tirumangai é um santo Vaishnava pouco conhecido aqui no Brasil, ele é um dos 12 Alvars (imersos ou perdidos “em Deus” na língua tamil) que viveram no sul da Índia na antiguidade e no começo da era cristã.
Nos primeiros anos de sua vida ele era um homem da espada,um ladrão que não tinha o mínimo envolvimento no culto a Sri Vishnu, mas a coisa mudou quando ele se apaixonou por uma jovem chamada Kumudavalli, quando ele pediu sua mão em casamento louco por desejos diferentes da devoção em vez dela pedir um anel de diamante ou uma pulseira de ouro como seria esperado na Índia ela pediu que para aceita-lo como esposos ele deveria usar a tilaka vaishnava e alimentar 1008 vaishnavas todos os dias por um ano inteiro.
Então o que começou como um desejo por prazer carnal acabou como um serviço devocional pelo qual Tirumangai tomou gosto, após anos fazendo isso ele gastou todo seu dinheiro, o que o impossibilitou de continuar com seu serviço, assim os devotos deixaram de freqüentar sua casa o que o deixou desesperado pois queria as bênçãos dos vaishnavas em sua casa.
Em desespero e com ir dos ricos que andavam ostentando jóias caras, ele passou a roubar e com o dinheiro voltou a alimentar vaishnavas e os pobres como um Robbin Wood da Índia.
Vendo sua devoção o Senhor Vishnu decidiu acabar com a vida de ladrão de Tirumangai, então o Senhor e Sua consorte Lakshmi tomaram a forma de um casal recém casado com jóias principescas e apareceram no caminho de Tirumangai que os assaltou e começou a retirar todas as suas jóias por último ele ficou interessado em um belo anel do dedo do pé do jovem e tentou tira-lo mais não conseguiu forçouentão e assim numa tentativa sem querer encostou com a cabeça no pé do rapaz, quando isto aconteceu ele ficou impressionado pela beleza dos pés do rapaz e então realizou a verdadeira natureza do casal que manifestou sua verdadeira forma perante o atônito Tirumangai que em êxtase recebeu o mantra OM NAMOH NARAYANAYA do próprio Sri Vishnu e imediatamente Tirumangai começou a recitar o um poema que ficou conhecido como Periya Tirumozi ou Grande Divino Poema que cosite de 1084 versos onde Tirumangai começa adorando a Vishnu e depois falando de como todos podem se salvra e se criticando pela viloencia que causava em sua vida quando jovem e pela sua busca de prazeres mundanos e com o ele alcançou o estado de alegria espiritual em conseqüência de sua devoção a Vishnu.
Tirumangai também é responsável pelo inicio da construção do templo de Sri Ranganatha em Sri Rangam hoje o maior templo do mundo, mais isto já é outra historia rs.
Nas fotos deidades de Turumangai e Kumudavalli do templo de Sri Rangam

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sri Ranganatha ஸ்ரீ ரங்கநாத சுவாமி

ஜெயா ஜெயா ஸ்ரீ ரங்கநாத சுவாமி












A pedido de Sri Govinda prabhu estou postando estas fotos raras de Sri Ranganatha uma das maiores e mais famosas deidades da Índia, considerada a mais antiga deidade no Universo foi adorada por Surya ( Deus do Sol), Ramachandra (Avatar do Senhor Hari), Vebheeshana(irmão de Ravana e devoto de Rama), e Ramanujacarya só para citar alguns.

Ela fica no templo de Sri Rangam numa ilha do mesmo nome no estado de Tamil Nadu no sul da Índia, considerado o maior templo em atividade no mundo hoje com mais de 50 hectares de área construída e cercado por sete muros concêntricos com 21 grandes portões ou gopuras, como são chamados na Índia, ultimo com mais de 70 metros de altura.

Ha detalhe!!! geralmente não deixam fotografar esta deidade!!! por isso a foto é rara.

Gado sagrado da Índia


Uma das coisa mais comuns que se houve sobre a Índia é que o gado bovino é sagrado, mais geralmente ninguém sabe o porque, então vai ai alguns dados para tentar elucidar sobre o assunto.
No Rig Veda a vaca é sempre citada como símbolo de riquesa e comparada a rios pois suprem a necessidade de todos, alem de Purusha (Ser Supremo) e Indra (Rei dos devas) serem comparados ao touro.
Alem disso nos Puranas Bhumidevi a Deusa da Terra, muitas vezes toma a forma de uma vaca, assim também como Dharmaraj (Yama senhor do Dharma) toma a de um touro.
Sri Krishna, que tem como um dois seus principais passatempos o pastoreio das vacas, também é conhecido como Gopalaprotetor das vacas” fala em muitas passagens textuais sobre a importância das vacas como reservatório de todos as atividades piedosas e morada dos devas, além de dizer que as vacas são os lábios de Sri Narayana, e em Seu passatempo em que ergue a colina de Govardhana, Krishna faz com que os pastores de Vrindavana adorem as vacas em vez de Indra e quem mata uma vaca permanecerá no inferno enquanto brilharem o Sol e a Lua!!!
Comentadores das tradições na Índia antiga consideram as vacas até superiores a Indra “pois se ele se alimenta de ghee que é feito de leite produzido por vacas que comem apenas grama elas são superiores”.
Dois bovinos merecem especial citação são eles:
Kamadhenu कामधेनु – ou “vaca dos desejos” também chamada Surabhi surgida na batedura do oceano de leite junto com outras coisas preciosas que foi dada de presente aos Sapta-Rishis ( sete sábios) e ficou sobre propriedade de Vasistha – que deu um bezerro de Kamadhenu para Jamadagni o pai de Parasurama o avatar do Senhor.
Nandi नंदी - “ alegre” conhecidíssimo Touro que serve como vahana (montaria) do Senhor Shiva, que tem sua deidade sempre em frente à Linga nos templos de Shiva, além de carregador ele é o porteiro, chefe do exercito de Shiva e Guru do Shivaismo. Entre vários passatempos de Nandi um diz que ele amaldiçoou Ravana quando este invadiu o monte Khailasa a ser queimado por um macaco o que ocorreu quando Hanuman incendiou a cidade de Lanka.
Na história recente da Índia uma das revoltas que levou a libertação do país, a Revolta dos Sepoys em 1857, teve como o um dos motivos que os soldados eram forçados a untarem as balas dos rífles com gordura animal proveniente de vacas e porcos ( que vai contra a religião hindu e muçulmana que proíbe o trato com porcos).
Gandhi também falava que um dos princípios do hinduísmo é a proteção ás vacas.Infelizmente nem a Índia está salvo das influências da era de Kali (não confundam com a Deusa Kali por favor) e em alguns centros urbanos com grande número de Muçulmanos se encontram matadouros clandestinos.

Kamadhenu


Nandi em Misory sul da Índia






Bezerro em uma rua de Vrindavana onde Krishna passou a infância.



quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

संस्कृतम् Sânscrito a língua divina.


Rig Veda


O sânscrito ou samskrta é a língua franca do hínduismo além de muito utilizada no budismo também, seu nome significa algo como"norma culta" em oposição ao prakta dialétos falados pelas castas mais baixa na ìndia antiga.
Está incluso no ramo de línguas Indo-européias e é muito parecido com línguas antigas da Pérsia como o Avestam.
O mais antigo exemplo desta língua preservado é o Rg Veda ( o mais antigo dos textos sagrados conhecidos no mundo, e mais antigo entre os 4 Vedas ou livros do conhecimento) que é conhecida por estudiosos como pré-clássico ou védico com muita coisa em comum com o sânscrito clássico que aparece nos Puranas ( “antigos” que narram a história dos Deuses e seus devotos) mas com gramática, fonologia, sintaxe e vocabulário diferente.
Depois disso vem o período do sânscrito clássico que foi codificado por Panini no começo da era comum em um texto chamado Astādhyāyī ou Oito capítulos da gramática.
O sânscrito é ainda hoje uma das línguas oficiais da Índia e falada por 49,736 pessoas na grande maioria brahmanas usado nos rituais e orações, onde é fundamental haver a pronuncia super correta o que leva a anos de estudos intensos por parte dos sacerdotes, e também na musica clássica onde ainda influencia muitos paises do sul e sudeste asiático onde foram encontrados inúmeras inscrições em sânscrito em templos e memoriais a reis e Deuses.
Alem disso o Rig Veda cita Vac ou palavra sagrada personificada como uma Deusa (Saraswati) de onde vemos a importancia dos mantras falados na visão cosmológica védica, pois por meio dos rituais e orações a ordem do mundo (chamado em sãnscrito Rtaa) é mantida.
O sânscrito é escrito na Índia no alfabeto Devanagari देवनागरी ou “divina escrita urbana” com 49 letras mais caracteres especiais ainda em voga como no hindi por exemplo
















Devi-mahatmya em folha de palmeira.

Sari essência da mulher.







O sari é a roupa símbolo da mulher indiana, teoricamente uma faixa de tecido que varia de 4 a 10 metros de comprimento dependendo da região e do estilo de que ele é atado ao corpo.
A palavra sari ou saree deriva de “sattika” como é descrito em antigos textos jainistas e budistas.
Nas escrituras hindus ele aparece citado tanto no NatyaShastra ( escritura sagrada que fala acerca das artes performáticas).
Todas as antigas descrições de sari em esculturas o mostram como muito parecido com o dothi utilizado por homens hoje em dia, o estilo em que o sari é passado entre as pernas e preso atrás na cintura até hoje é chamado de kache ou seja correto ou certo e é usado principalmente no estado de Maharastra.
Um ponto de controvérsia entre os historiadores é a antiguidade da choli ou a blusa que se usa embaixo do sari, alguns dizem que é uma invensão moderna e se apoian nisso pelas esculturas e textos que descrevem as mulheres com os seios á mostra como foi utilizado por muitas mulheres de diversas comunidades no sul e leste da Índia até o começo do século XX, mas também existem evidências de faixas sobre os seios ou só o próprio sari cobrindo o corpo, até hoje é possível encontrar mulheres que só usam o sari sem a choli.
Já a anágua parece ter sido introduzida pelos ingleses, pois não é citado antes do período do Raj.
Existem diversas maneiras de se usar o sari a mais comum se chama nivi onde ele é pregueado em frente ao corpo e depois o pallav ou manto é dobrado no sentido do comprimento e colocado sobre o ombro esquerdo caído até a altura dos joelhos.
O estilo do norte da Índia onde o manto cai para a frente do corpo, o bengali onde não se fazem as pregas frontais e o pallav dá duas voltas sobre a aparte superior do corpo e o kache onde a parte inferior é usado passando uma das pontas entre as pernas enquanto a superior fica igual no estilo nivi, além das citadas a um grande numero de estilos regionais ou usados por certas comunidades ou em ocasiões especiais.
Em estilo de confecção de saris existe uma imensa variedade sendo os mais famosos os:
-varanasi.- de seda brocado com ouro ou prata de Varanasi
-orissa ikata- feito no estado de Orissa com a técnica de Ikat onde os fios são tingidos antes de serem tecidos.
-jamdani- feito com um finíssimo algodão na Bengala.
-paithani- em seda de cores escuras geralmente verde com o manto em ouro que lembra um um tecido totalmente de ouro, são uns dos mais caros da Índia feito no maharastra.
-kanchipuram -feito no sul da Índia com cores vivas e contrastantes com bordas muito trabalhadas e grossas e o interior em cores lisas.
-balampuram – são os saris de Kerala brancos com faixas douradas.
Além dos descritos acima existe uma grande variedade.
Agora é só escolher a cor e o modelo e usar.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ekachakra एकचक्र







Por um pedido de Doyal Nitay dasa vou colocar um post sobre Nityananda Rama o principal associado do Senhor Caitanya Mahaprabhu e considerado pelos Gaudyas Vaishnavas avatar(encarnação de Balarama, irmão de Krishna).
Decidi falar sobre o local de nascimento dele a vila de Ekachakra na Bengala Ocidental, o local já era conhecido pelos hindus pois os Pandavas (do Mahabharata) estiveram por lá no seu exílio.
O exato local de nascimento de Sri Nityananda se chama Gharbavasa onde existe um pequeno templo que marca o local entre duas grandes figueiras da época de Nityananda, proximo esta Hadai Pandita Bhavam que marca o local da casa do pai de Sri Nitay, muitos projetos estão sendo feitos para melhoramento e recuperação de locais sagrados e kundas (pequenas lagoas) além da contrução de um novo templo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Um Deus ou muitos Deuses?






Geralmente as pessos crêm que o hinduísmo é uma religião politeísta com minhares de divindades sem qualquer ordem, mas seus seguidores sabem que não é nada disso.
O que chamamos devas देव, que geralmente se traduz como "deus" mas na verdade significa brilhante, são num grande número que as escrituras contam como 33 milhões, mas que na verdade tem o culto restrito a um número muito pequeno.
De forma geral os seguidores da religião védica vêem Deus sob dois aspectos e sobre 3 divisões principais (apesar de haver outras) dentro das tradiçoes estabelecidas.
Ou o adpto vê Deus de forma pessoal que grandes sábios como Ramanuja , Madhwa e outros concordam ser a pessoa de Sri Vishnu ou Krishna ( o que é meu caso por exemplo) ou vêem o Supremo como impessoal (Brahmam) de quem acreditam ser todos os devas manifestações de Suas diferentes energias.
Das tres principais correntes hindus (vaishnavas = devotos de Vishnu, shaivas=devotos de Shiva e shaktas=devotos de Shakti as Deusas ou energia), o vaishnavismo considera Vishnu como Supremo e os outros devas como subordinados a Ele ou como em alguns casos energia Dele.
Os devotos do Senhor Shiva os consideram como o Supremo da mesma forma que os devotos de Devi, mas geralmente estes crêem que no fundo a verdade absoluta é impessoal.
Ou seja de uma forma ou de outra os seguidores dos Vedas acredita apenas em UMA divindade suprema.

A origem da palavra "hinduísmo"


Nas escrituras védicas não costa nenhum nome como hindu ou hinduísmo e mesmo Índia, a origem do nome é persa , pois os persas não conseguiam pronunciar Sindhu que é o nome do Rio Indu hoje no Paquistão e por iso falavam Hindu e qualquer pessoa que vivesse além do rio era tambem chamado de hindu, dai hinduismo e Índia.


Nas linguas da Índia ou Bharata Varsa, que é como era conhecida a Índia por seus habitantes, não consta palavra que signifique religião, e hinduísmo é o nome dado pelos europeus ao conjunto de crenças e filosofias das terras alem "Hindus", os nativos chamavam sua propria cultura de Sanathana Dharma ou Dharma eterno.

Na foto o rio Shindu em Leh , Ladakh norte da Índia.

Angkor




Algumas pessoas me chamaram de anti-nacionalista por que achei absurdo o Cristo Redentor ter ganhado como maravilha do mundo ao invés de Angkor no atual Camboja.
Angkor era a capital do antigo imperio Khmer uma das maiores civilizações do sudeste asiático, a história da cidade em sí começa por volta do ano 800 d.C com a idependencia do reino de Kambujadesa do reino hindu de Java por Jayavarman II que se declarou o primeiro Devaraja ou rei-divino e como representante de Shiva.
Cada devaraja que ascendia ao trono deveria construir um templo onde instalaria uma Linga de Shiva que tambem representava o próprio rei , estes templos eram minhaturas do cosmo védico em forma de montanha divinas como por exemplo Kailasha a morada de Shiva, eram cercados por muros e espelhos de água que representavam as montanhas e os mares ao redor de Jambudwipa ou o mundo e no centro a montanha divina e no interior dela a divindade ( Geralmente Shiva mais algumas vezes Vishnu).
O mais célebre destes templos e também o maior é o que chamamos hoje de Angkor Wat, dedicado a Sri Vishnu, tem o nome de Vrah Vishnuloka e fica onde outrora fora centro de uma imenso complexo de palacios , bibliotécas e monastérios.
Todo o complexo de templos em ruinas cobre hoje uma área de 400 km quadrados nas margens do grande lago Tonlé Sap alimentado pelas águas do rio Mekong.
Outro maravilha da cidade é seu sistema hidráulico composto por uma extensa rede de canais e lagos artificias tanto com função de transporte como ornamentais, e o mais incrivel que nos rios das colinas no norte da cidade o leito dos rios era totalmente esvulpido com Lingas e imagens de divindades submersas para que a água ao entram em contato com as imagens se purificasse para então poder ser utilizada pelos cidadãos.
O império Khmer no seu alge ocupou o que hoje é o Camboja regiões da Tailandia, Laos e sul do Viêtnã e teve seu fim no ano de 1431 com a invasão dos Thai.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Brahma ब्रह्मा na Tailandia




Nosso querido deva Brahmaji criador da linha de sucessão discipular que eu sigo só tem um templo dedicado a ele na Índia, em compensação na Tailandia tem muitos altares espalhados pelas cidades como nas fotos acima.


Brahmaji é o primeiro ser criado e nasce de uma flor de lótus que brota do umbigo de Sri Vishnu

Tilaka तिलक


A tilaka é uma característica fundamental da cultura védica, usado na testa e em outras partes do corpo usada diariamente ou em ocasiões especiais.
Além de proteção a tilaka também indica a tradição religiosa do usuario.
Vaishnavas usam tilakas verticais chamadas urdhva-pundra, geralmente feito de argila ou poupa de sãndalo, os segudores de Shiva usam a tripundra, geralmente feita com cinzas (vibhuti) de cerimonias de fogo na forma de listras horizontais e os Shaktas com sindhur ou kumkum vermelho como uma linha vertical ou um circulo na testa.








Suastica


Muita gente não sabe que a suastica (swastika) não é um simbolo de origem nazista, usado no mundo inteiro desde tempo imemoriais ainda hoje é considerado um dos símbolos mais sagrados da religião védica.

A própria palavra suastica que vem do sânscrito = svástika स्वस्तिक = referese a algo auspicioso, a fazer o bem.

É um dos 108 símbolos de Sri Vishnu , representa o Sol e seus raios, e o sistema social (varnaashrama) védico com quatro camadas socias (brahmanas, kshatrias, vaishyas, sudras) e quatro periodos da divisão da vida( brahmacari, grhasta, vanaprasta e sannyasi), os quatro vedas as quatro cabeças de Brahma e os pontos cardeais.

É encontrada em praticamente todos os templos hindus pelo mundo e em muitas casas hindus tb, imprescindível nos ritos de passagem e de lugar comun em muitas representaçoes artisticas de deidades.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Indian fashion

veja me












































Aproveitando a SPFW e a nova novela das oito decidi postar algums modelitos tipicamente hindus na maioria é só pano enrolado (panos belissímos).

Saris, dothis, lungis, angavastrans, odhinis

Subhadra


Achei muito simpática a pintura acima do passatempo em que Srimati Subhadra Devi a irmã mais nova de Sri Krishna e Sri Balarama foge dos braços de Kamsa, seu tio demoniaco e vai aos ceus onde se transforma em Durga Devi e anuncia que Sri Krishna já havia nascido, muito vaishnavas aqui no Brasil esquecem do papel de Devi como irmã e maya-shakti(energia ilusória) de Vishnu.
Ola visitantes gostaria além de agradecer a visita pedir para que enviassem sugestões e pedidos de fotos e assuntos. Desde já fico muito agradecido.
Vannakam
Namaskar
Namastê
Sawasde

Longe do Taj

Sri Rangam
Madurai

















Madurai Meenakshi Koil


Longe das areias do deserto de Thar e dos turistas de Jaipur e do Taj Mahal existe outra Índia mais antiga e tradicional, no sul da península, os estados do sul mais tradicionais foram menos invadidos e muito locais não sofreram os ataques iconoclásticos islãmicos, os templos não foram destruidos e muito quardam riquesas incriveis em jóias e manuscritos antigos.


Com o passar dos tempos estes templos foram crescendo e hoje são verdadeiras cidades-templo que cobrem áreas de vários hectares e empregam milhares de pessoas, os exemplos mais conhecidos são o templo de Sri Sri Meenakshi-Sundareswara (Shiva e uma forma de Parvati) e o grande complexo de Sri Rangam (Sri Vishnu) ambos no estado de Tamil Nadu.