quinta-feira, 28 de maio de 2009

Andal ஆண்டாள்





















Na tradição dos Sri Vaishnavas (vaishnavas que traçam sua linha discípular desde Sri Lakshmi a esposa do Senhor Vishnu) que estão em sua maioria no sul da Índia, 12 santos são especiamente reverenciados são os chamados Alvar que significa na ligua tamil “imersos” em Deus e no Seu serviço devocional, dentre estes doze existe apenas uma mulher conhecida como Andal.
A história de Andal se passa no século X e começa quando um brahmana chamado Vishnucitta, que depois ficou conhecido como Periyalvar também um dos doze alvars, saiu pela manhã nos jardins do templo de Vishnu em Srivilliputtor, próximo a cidade de Madurai, para colher flores para a sua adoração diaria no templo e deparou-se com uma criança sobre uma árvore de tulasi (nas duas fotos abaixo e mostrado o vaso da Tulasi e o exato local onde Andal foi encontrada), como não tinha família pegou a criança para cria-la como filha e a chamou de Godai que significa “presente da mãe Terra”.
Godai cresceu em meio a uma atmosfera de amor e devoção e seu pai plantou nela também a semente da poesia tamil cantando-lhe canções sobre seu querido Senhor Krishna, contando–lhe os passatempos e ensinando a querida filha na filosofia vaishnava.
Assim desde sua infância a menina desenvolveu um grande amor por Krishna e jurou que só se casaria com Ele e mais ninguém e até se recusava a pensar que um ser humano poderia ser seu marido. Ela se imagina como a noiva de Krishna e cresceu com a esperança de apenas atingir a idade para poder se casar logo com seu grande amor, Sri Krishna. Neste período ela escreveu poemas a Krishna onde se descrevia como Sua noiva e escolhida e da inveja que ela sentia das gopis e das esposas de Krishna.
Seu pai Vishnuccita era responsável por preparar as guirlandas de flores para a adoração no templo e ela o ajudava, mas sem o conhecimento de seu e perdida de amor por Krishna ela pegava as guirlandas preparadas se adornava com elas e ia perante o espelho se imaginar como ficaria bela como uma noiva para seu grande amor e depois recolocava as guirlandas no local para serem levadas à deidade no templo.
Certo dia junto com os outros brahmanas seu pai descobriu fios de cabelo pertencentes a sua filha na guirlanda, ficou furioso e reprimiu duramente sua filha pelo ocorrido pois ninguém deve usar algo antes de oferecer a Deus, atirou a guirlanda fora e fez outra para ser levada ao templo.
Naquela mesma noite o Senhor Krishna apareceu em sonho a Vishnucitta e perguntou por que ele havia se livrado da guirlanda usada por Godai ao invés de ter oferecido a mesma a Ele, pois a guirlanda nova não havia o cheiro do corpo de Godai e que Ele (Krishna) preferia as guirlandas usadas antes por ela e acabou dizendo: Por favor pode continuar a me dar as guirlandas antes usadas por ela?
Vishnucitta acordou estupefato e chorando copiosamente de alegria e remorso por não poder entender a extensão do amor de sua querida filha por Deus ao ponto Dele mesmo se manifestar e fazer o pedido que fizera. A partir daquele dia Godai ficou conhecida como Andal que significa aquela que “governa” Deus.
Andal cresceu se transformando em uma bela jovem e aos quinze anos (idade para o casamento naquela época) quando seu pai perguntava se ela queria aceitar um exposo ela recusava-se veementemente dizendo que só se casaria com o Senhor de Vrindavana (Krishna) na forma de Sri Rangannatha que fica no grande templo de Sri Rangam ( o centro do Sri Vaishnavismo e maior templo do mundo) seu pai ficava inconsolado e não sabia como agir, então uma noite o Senhor apareceu a Vishnucitta e lhe informou que Andal deveria ser mandada a Sri Rangam para desposa-Lo com todos os paramentos de uma noiva digna Dele, novamente o devoto se viu apavorado de felicidade e tristeza, felicidade pois sua filha havia atingido seu objetivo e tristeza pois eles se separariam. Ao mesmo tempo o Senhor apareceu para os devotos do templo de Sri Rangam e lhes informou que preparassem todos os arranjos para Seu casamento com toda a pompa pois Sua noiva estava a caminho e era a jovem Andal.
Os devotos de Srivilliputtor fizeram todos os preparativos e uma grande comitiva foi até Sri Rangam levando Andal sobre um palanquim, a expectativa e a excitação de Andal almentavam conforme ela se aproximava de Sri Rangam tanto que ao entrar no templo, sem poder esperar mais, saltou do palanquim se dirigindo a deidade de Rangannatha no altar e O abraçou fazendo com que uma luz gloriosa irradiasse do casal na frente de todos e então se fundiu na deidade.
Hoje Andal é a santa mais amada dos tamis, ela é considerada uma encarnação de Bhumi Devi a mãe Terra e esposa do Senhor que pareceu para mostrar-nos o caminho da devoção. Em todos os templos da Sri Sampradaya tanto dentro quanto fora da Índia sua deidade é instalada junto ao Senhor como é o seu desejo.
Seus dois trabalhos escritos o Tiruppavai onde ela se vê como uma gopi junto à Krishna e o segundo chamado Nacciyar Tirumozi com 143 versos onde Andal expressa seu grande amor por Vishnu com grandes tiradas filosóficas misturadas a textos retirados dos Vedas e dos Puranas.

Nas fotos deidade de Sri Krishna e Andal, gopura (portao) do templo de Vishnu em Srivilliputtor e deidade de Andal vestida como noiva sendo levada em um palanquimem seu templo tambem em Srivilliputtor.


2 comentários:

  1. parabens pelo blog, realmente so muitas informaçoes ótimas! tenho acessado todos os dias pra ler.. HARIBOL!

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  2. Haribol prabhu Arjuna! cada dia melhor o BLOG. Buscando textos sobre Nrsimhadeva, encontrei teu blog! ;) HareKrishna

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